A tecnologia muda comportamentos, sugere novos rumos para a sociedade e faz o mundo evoluir. Paralelamente, os negócios também sofrem mudanças e novas ações e medidas são tomadas no mundo corporativo.
Mas não são apenas os negócios que sentem os efeitos da tecnologia. Embora seja pouco, é possível perceber que a linguagem também acaba por sofrer mudanças ao longo do tempo.
No artigo passado, vimos que a internet possui uma linguagem própria do seu meio, resultado dos frequentes avanços tecnológicos, principalmente na área da comunicação.
Como a linguagem começa a ser influenciada?
A velocidade com que as coisas acontecem (ou precisam acontecer) não nos permite utilizarmos de termos muito rebuscados ou gramaticalmente corretos. É mais fácil e rápido escrever de qualquer jeito ao invés de perder tempo pesquisando qual a forma correta, afinal, o relatório tem que estar pronto até tal hora. Quem nunca passou por isto?!
Este processo gera certo “esquecimento” das formas corretas o que nos leva a um estado de “regressão linguística”, ou seja, acabamos desaprendendo ao longo do tempo. É aí que notamos o quão difícil se torna elaborar uma simples redação ou expressarmos ideias por meio das palavras. É a “parte ruim” da tecnologia (nem tudo são flores!).
É sabido que a capacidade linguística é aperfeiçoada conforme a sua prática constante. Diante desta premissa, surgem alguns impasses que podem impactar direta ou indiretamente no entendimento desta habilidade.
Como aperfeiçoar algo que cada vez menos praticamos ou deixamos de lado?
Como seremos bons leitores ou bons oradores se mal conseguimos compreender o sentido de uma palavra ou a sua forma correta de escrita?
Como ter uma boa escrita se não dominamos nem a gramática básica?
Será mesmo culpa exclusivamente da tecnologia, ou somos nós que estamos cada vez mais omissos com nossa própria linguagem e a forma de se comunicar…